domingo, 16 de dezembro de 2007

Agonia da Criação

Derramadas (parece que) doidivanas
As palavras na tela, no papel, surgem
Ásperas, irônicas, delirantes
Aparentando precisão de bisturi
E quase nunca tão exatas
Quanto latejantes n’aflita mente
Do bem-(des)aventurado poeta
Os sentimentos sem nome.

Mas há tanta ingenuidade no mundo...

O leitor ingênuo supõe-se condoído
Por mera empatia à Agonia Criadora
Mas jamais saberá precisamente
Quanto Ela dói a mais na fonte
Quanto a Poesia arde em excesso
Antes mesmo de ter um corpo
Enquanto é só aparição, impertinência
Demônio com urgência de nascimento
Tormento inadiável do poeta alumbrado.

Um comentário:

trOiAnA22 disse...

Que lindooo!!!

Adoro seus versos...

Entendo essa agonia, da dor do parto...

Não costumo postar poemas, mas tenho um blog too...

http://troiana22.blogspot.com/

Apareça quando quiser, ou quando não tiveres nada para fazer... heheh

Feliz Natal, hohoho

muita inspiraçãoo, viva a agonia de por pra fora o que a alma não pode conter...

Abraços...
mimi>>Semp troiana22