domingo, 12 de agosto de 2018

MEMBROS DO INSTITUTO CULTURAL CHACHÁ: SÉRIE ENTREVISTA


(publicada inicialmente em https://issuu.com/ocorreio/docs/ed_1449)


IZABEL CRISTINA VIEIRA




Natural de Bom Retiro, no estado catarinense morou também em Urubici, Lages e Pinhalzinho; depois em Porto Murtinho/MS; após, em três cidades mato-grossenses: Juína, Aripuanã e Canarana; no exterior, residiu em Sintra e Lisboa, ambas em Portugal; voltando ao Brasil e ao estado de origem, morou na vizinha Tubarão, e finalmente fixou-se em Laguna, onde até então permanece. “Escolhemos Laguna pelas belezas naturais que propiciam uma melhor qualidade de vida, e pela proximidade com Tubarão, pois meu ex-marido trabalhava na Unisul.” Atualmente doméstica e tendo se diplomado no Magistério, Izabel destaca que em razão das várias mudanças entre cidades tão distantes, envolveu-se, ao longo da vida, especialmente com suas três filhas e com a casa. 

Sobre que reflexão gostaria de compartilhar a respeito da Laguna de hoje, ela destaca: “Fico preocupada com o nível cultural e o pouco investimento. Quando há projetos a divulgação é pouca”. 

Questiono sobre o contexto de sua produção ou inspiração artística e participação em segmentos e movimentos culturais na atualidade. “Gosto e me atrevo a dizer que a arte me inspira na busca de aperfeiçoamento pessoal e espiritual. Estou sempre em busca do belo, da perfeição, da harmonia… Gosto de pintar, tecer (tear), amo fotografar, tenho na música um amor à parte, estou sempre buscando também o som perfeito. Tendo sido convidada a conhecer, estou hoje integrando o Instituto Chachá, onde encontrei pessoas dispostas a levar avante projetos artísticos e culturais”. 

Sobre nosso pintor homenageado, Chachá ou Richard Calil Bulos, pergunto se o conheceu pessoalmente. Se sim, que lembrança tem? Se não, que ideia faz? “Não o conheci. Vejo-o como uma pessoa de percepção aguçada, sensível… Pintou o cotidiano de forma suave, com traços firmes mas evanescentes, marcantes nas tramas e redes de pesca dos personagens”. 

Por fim: considerando nosso cenário municipal atual, e considerando estares fazendo parte deste grupo, preocupado com a memória e o compartilhamento da cultura (local e global), da arte e do fazer artístico e cultural, que mensagem gostarias de deixar para as gerações futuras, principalmente as que habitarão essa cidade tão peculiar que é Laguna? “Minha mensagem é no sentido de unir o belo e a beleza. De natureza prodigiosa, Laguna é ainda um riquíssimo patrimônio histórico… Eu destacaria, por exemplo, a importância de aproveitar melhor os espaços preservados para fomentar a cultura e as mais variadas expressões artísticas, desenvolvendo, dessa forma, o potencial criativo dos que aqui moram e estimulando outros a virem pra cá, trazendo outras experiências e assim enriquecendo a oferta”.

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